Se eram passos desencontrados, solitários, temerosos, e se a lua
cheia menos a orientava e mais a arremessava em sonhos, ela não percebia.
Caminhava entre desmandos da realidade, onde tudo o que era vivo estava morto e
tudo o que ela um dia vira morrer lhe surgia de novo diante dos olhos. Ela quis
parar, quis interromper o sono e acordar, mas a areia onde os seus pés
descalços afundaram já lhe entrava pelos olhos pelas narinas pela boca e ela
não sabia mais se sonhava ou se apenas esquecia a diferença entre as leis que
regulavam o universo.
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