“Despedidas
são sempre dolorosas.”
Estava
falando sozinho. Lá fora, o mundo confirmava que, como ela, poderia muito bem
passar sem ele.
Com
o cano apoiado na cabeça, ele puxou o gatilho e caiu logo depois.
A
cara metida na poça do próprio sangue.
Quando
se levantou, estava tudo embaçado. Foi até a janela, e as ruas estavam vazias.
Foi
até a rua, e ele mesmo estava vazio. Andou de um lado para o outro, afugentando
moscas que o perseguiam. Pisou sem querer em cocô de cachorro. Na banca de
jornal, todas as publicações vinham em branco. Entrou numa lan house vazia. Não
havia conexão.
Por
toda parte, era possível ouvir o saxofone do Kenny G.
Gostei muito do conto... Carlos Vanilla
ResponderExcluirQue bom, Carlos, obrigado.
ResponderExcluirAchei que ninguém mais viesse aqui, seu comentário foi uma surpresa.
Abraço,
Maurício