Ela
nunca saía de casa.
Às
vezes alguém via o rosto pálido na janela do segundo andar. Mas não havia
curiosidade suficiente para querer saber mais da mulher lá dentro.
A
vida era muito curta para se preocupar com gente louca.
Quando
invadi a casa, era criança. Entrei pelos fundos. Me esgueirei pelos cômodos empoeirados
como um rato.
A
casa estava velha, suja e entregue à própria sorte.
O
segundo andar não era diferente. A casa cheirava mal. Da porta do quarto vi a
mulher sentada.
Então
descobri que ela não era a única morando ali.
Tentei
fugir, mas era tarde demais.
Que
pena.
Eu
nunca mais saí daqui.
A
vida é muito longa para esperar passar.
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